Número total de visualizações de páginas

segunda-feira, 12 de setembro de 2011

JORNAL ALCAXETE 11SET08

Quando este texto chegar ao conhecimento público muito provavelmente alguns desenvolvimentos ocorreram sobre a notícia hoje surgida, vamos a análise da situação; há algumas semanas no Parlamento o Ministro Miguel Relvas acompanhado pelo Secretário de Estado do Desporto Alexandre Mestre, deram a conhecer que tinham sido encontradas numa sala cerca de seiscentas facturas não pagas e não contabilizadas pelo Instituto de Desporto, num valor estimado de seis milhões de euros.
Hoje, sujeito ainda a confirmação, surge a notícia de que afinal apenas estavam por liquidar quarenta das seiscentas facturas. A ser verdade esta versão representa um erro político grave dos dois governantes, mas acima de tudo uma falta de credibilidade em todo o organismo que tutela parte do desporto em Portugal. É inaceitável que não houvesse um qualquer funcionário daquele Instituto que não soubesse a existência daquela documentação e a cabal situação da mesma.
A não ser que alguns daqueles pagamentos tivessem sido processados sem o cumprimento das normas da Administração Pública e por esse facto as facturas terão ficado guardadas em local indevido. Se for este o cenário há que apurar as responsabilidades e existem mecanismos e procedimentos que podem implicar que haja devolução das verbas pelos anteriores dirigentes e governantes.
Mas, situações análogas a estas infelizmente para o erário público existem em diferentes locais do território nacional. Muitas vezes os dirigentes desportivos (alguns mal preparados) vão atrás das promessas de decisores políticos, com ênfase nos autarcas e assumem compromissos financeiros na esperança de receberem por outra via.
A actual crise vem suscitar um debate que urge ser feito nomeadamente ao nível concelhio que tipo de actividades desportivas a população necessita. Por outro lado, num concelho como Alcochete continua a não se vislumbrar um projecto educativo / desportivo municipal. Mas, como as crianças e os jovens não dão votos no curto prazo são deixados para segundo plano. É urgente alterar de paradigma de política desportiva, porque os recursos na saúde começam a ser escassos e precisamos ter no futuro uma geração dos “mais velhos” com mais saúde.
Hoje, não podemos terminar estes pensamentos livres sem um desabafo. Há dias em conversa cibernauta com um amigo profissional de futebol a atingir os trinta anos, fiquei mais apreensivo com o que se anda fazer no nosso futebol. Este amigo de longa data jogava no escalão secundário do nosso futebol e com vinte e cinco anos teve que ir exercer a sua actividade profissional para o Chipre e agora em Israel, numa localidade onde nem todos os dias pode sair de casa por questões de segurança. Fê-lo porque cá em Portugal o seu posto de trabalho foi ocupado por um jogador estrangeiro. Também nesta matéria pode ser que a actual crise providenciará dar algum discernimento de gestão desportiva aos responsáveis dos clubes.

Sem comentários:

Enviar um comentário