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domingo, 31 de março de 2013

JORNAL ALCAXETE 13MAR21



Quis o destino que estes pensamentos chegassem às mãos dos leitores na véspera das eleições do Sporting Clube de Portugal, apesar disso não iremos abordar o assunto das candidaturas.
Estas eleições do clube ocorrem num momento gravíssimo da instituição em si e da sociedade em que está inserido. Todos sabemos e sentimos as alterações de paradigmas de vida necessários a implementar no quotidiano.
Acreditamos que o Sporting mais uma vez será pioneiro a dar um exemplo de padrão de conduta, que urge implementar na gestão desportiva dos clubes, em especial em Portugal. Esta alteração tem que ser feita de forma consciente por todos os dirigentes, englobando nela os jogadores, técnicos e demais agentes desportivos sejam eles empresários ou não.
Todos temos conhecimento que o futebol é a modalidade mais praticada no mundo e a que movimenta de forma global mais verbas financeiras, no entanto, não no top dos atletas mais remunerados aparecem outros que não os futebolistas.
A Europa tem centrado as atenções do mundo do futebol nas últimas décadas, existem dúvidas se este desequilíbrio não será alterado; por esse fato a UEFA pretende introduzir padrões de controlo financeiro. Não é mais possível continuar a ter uma indústria do futebol que por exemplo em 2011 tinha estes números no continente europeu: por cada 9 euros de custo resultava 8 euros de proveitos.
Se olharmos para o ano de 2007 os prejuízos dos clubes europeus de futebol rondavam os 600 milhões de euros e subiram para o patamar de 1.7 milhões de Euros no final do ano 2011.
Estes números são galácticos!
Se olharmos de forma pormenorizada certos números constamos que existe um grupo não tão residual como se pensa, de clubes europeus que possuem resultados financeiros positivos e são competitivos. Os nossos clubes portugueses estão numa situação deveras dramática em vários parâmetros:
Temos estádios dimensionados para a população que não temos; as nossas instituições desportivas possuem uma deficiente gestão desportiva, salvo raras exceções; nos últimos anos a Federação tem descurado em muito a promoção do futebol ao nível de base, a sua grande preocupação tem sido nos grandes eventos desportivos.
Existem de qualquer modo fatores e apostas positivas que ocorreram. Consideramos que neste momento e atendendo ao período eleitoral leonino, acreditamos que a próxima década vai ser fundamental para mexer no quadro competitivo, desde os distritais aos nacionais.
Se para a sobrevivência e o crescimento do futebol tiverem que ser extintos alguns clubes, que isso aconteça, para que se possa adquirir uma maior transparência. Estamos convictos que alguns dirigentes andam distraídos com a nova Lei das Sociedades Desportivas.
Nota: Que se passa com o Desportivo de Alcochete? Desconheço se os estatutos foram alterados, se tal não ocorreu porque, razão não houve Assembleia-geral em Janeiro?