Número total de visualizações de páginas

terça-feira, 25 de junho de 2019

SEM MAIS JORNAL 19JUN15

O SISTEMA CULTURAL DO FUTEBOL EM PORTUGAL A vitória da seleção portuguesa na Liga das Nações serve os intentos de alguns protagonistas do sistema do “futebolês”, nomeadamente ao Governo e em particular ao Secretário de Estado da Juventude e Desporto, porque o país do futebol fica “anestesiado” com a vitória. Para aqueles que estudam e gostam da atividade económica (não é uma indústria) que é o futebol não devemos calar e permitir esta anestesia coletiva. Antes porém, há que desmitificar, porque, razão o futebol não é uma indústria. Nas atividades industriais utilizam-se matérias-primas para dar a origem a produtos diversificados. No futebol e noutras modalidades desportivas de espetáculo há uma atividade económica de prestações serviços em diversas áreas. Voltemos às nossas preocupações culturais do futebol. Nos próximos dias há a eleição na Liga de Futebol com uma lista única, sem uma alternativa, é um claro sinal da podridão reinante. Significa que os poderes instalados estão satisfeitos na repartição dos favores e do tráfego de influências, face à contestação que foi surgindo nos últimos meses. Vejamos alguns resultados apontados no relatório da Liga e referente à época terminada em 2018. O endividamento dos clubes e sociedades anónimas desportivas aumentou de forma significativa em comparação com as receitas que as mesmas se viram ressarcidas. Os conflitos entre os agentes desportivos / económicos do futebol cresceram em números de casos, porque todos olham para seu feudo e não vislumbram a nação do futebol no geral. Os comentadores como agentes de circo proliferam para captar as audiências televisivas que permitam aumentar as receitas de publicidade dos meios de comunicação social; percebam aqueles comentadores algo de futebol ou não. Ao invés as receitas de publicidade para investir na atividade desportiva não têm indicadores de crescimento comparativamente com as receitas de publicidade nos espaços televisivos com programas desportivos. Ou seja, este modelo de gestão (generalizando) típica da cultural portuguesa em que olha-se só para os interesses individuais e não para o todo da atividade económica / desportiva, como dizíamos, a prazo vai fazer recair que as receitas (impostos) venham a ser cobradas aos mesmos do costume: aos associados, aos adeptos e aos espetadores que pagarão valores “astronómicos” nos bilhetes e outros serviços, face à realidade do país e aos rendimentos médios da população em geral. A tudo isto e por exemplo à violência desportiva o Governo que deveria regular (no mínimo) e intervir cirurgicamente finge que nada acontece. No entanto o Secretário de Estado do Desporto fica preocupado porque um jovem talentoso da seleção ouve umas “bocas” no estágio da seleção. Não se ouviu até à presente data uma palavra do próprio governante a exigir o cumprimento da Lei na oficialização de claques. Caminhamos em Portugal para aumentar as assimetrias face à média da europa como ocorre na economia em geral com este tipo de gestão e de governação à boleia dos ventos. Da nossa parte não são os sucessos da seleção de futebol que nos adormecem perante os inúmeros problemas desportivos que ainda há por resolver e noutras situações para melhorar. O futebol é uma atividade económica onde equilíbrio entre a emoção e a razão é exercício permanente do ser humano.

Sem comentários:

Enviar um comentário